sexta-feira, 12 de março de 2010

Concurso "A Melhor Carta de Amor"

Esta foi a Carta premiada...

Amo-te do fundo do coração.



É pena nunca vires a saber.

 O meu amor por ti morreu



Quando tu faleceste! E eu


Sou a sombra do teu amor


Vivido com deveras dor.


'Stivemos juntos nisto! Puro


Esplendor de vida efémera.


Lembras-te do inverno duro?


Tenho pena de nada disto


Te ter dito naquele dia


Em que tu desabafaste isto


E eu sossegado conseguia


Pela nação te pôr à parte.


Porque não me deu um enfarte?


Tal dia pareceu um mês


Em que, pelo tal corrimão,


Eu passei feliz uma vez


Regressando com choro em vão


Do enorme erro cometido...


Juro-te, não foi esquecido:


O convite para visitar;


O prédio de me enfeitiçar;


O corredor; o corrimão;


Momento de mãos ... de junção ...


E eu tive de estragar ... estúpido ...


Era música, a campainha,


Como o Mozart na sinfonia


Que eu talvez apreciaria


Se aquela casa fosse minha.


Uma golfada de ar molhado


Da porta aberta da grandeza


Da casa. Fiquei tão suado


Com a tua grande beleza


Toalha em volta enrolada


Nesse teu corpo incorporada.


Fui atingido de surpresa


No ponto de maior fraqueza.


Respondi em auto-defesa


Assim que revelas amor...


Oh ... Que magnífico fervor...


Que tortura foi dizer não ...


E aqui estou, ao pé de ti. Finjo


Felicidade que atinjo.


Visitar-te-ei mesmo a chover


Onde tu passaste a viver ...



É pena nunca vires a saber…

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