Esta foi a Carta premiada...
Amo-te do fundo do coração.
É pena nunca vires a saber.
O meu amor por ti morreu
Quando tu faleceste! E eu
Sou a sombra do teu amor
Vivido com deveras dor.
'Stivemos juntos nisto! Puro
Esplendor de vida efémera.
Lembras-te do inverno duro?
Tenho pena de nada disto
Te ter dito naquele dia
Em que tu desabafaste isto
E eu sossegado conseguia
Pela nação te pôr à parte.
Porque não me deu um enfarte?
Tal dia pareceu um mês
Em que, pelo tal corrimão,
Eu passei feliz uma vez
Regressando com choro em vão
Do enorme erro cometido...
Juro-te, não foi esquecido:
O convite para visitar;
O prédio de me enfeitiçar;
O corredor; o corrimão;
Momento de mãos ... de junção ...
E eu tive de estragar ... estúpido ...
Era música, a campainha,
Como o Mozart na sinfonia
Que eu talvez apreciaria
Se aquela casa fosse minha.
Uma golfada de ar molhado
Da porta aberta da grandeza
Da casa. Fiquei tão suado
Com a tua grande beleza
Toalha em volta enrolada
Nesse teu corpo incorporada.
Fui atingido de surpresa
No ponto de maior fraqueza.
Respondi em auto-defesa
Assim que revelas amor...
Oh ... Que magnífico fervor...
Que tortura foi dizer não ...
E aqui estou, ao pé de ti. Finjo
Felicidade que atinjo.
Visitar-te-ei mesmo a chover
Onde tu passaste a viver ...
É pena nunca vires a saber…
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